quarta-feira, 17 de março de 2010

Wedding Day.

"As lembranças, as dores, tudo ia ficando para trás a cada passo que eu dava em direção a ele. Tudo fazia sentido agora. Tudo era certo. Era como se todas as vezes que chorei dias a fio, que todas as vezes que senti meu coração sangrar e todas as vezes que eu pensei que não iria sobreviver ao dia, valessem a pena agora. Talvez eu tivesse que alcançar o nível mais baixo da tristeza e depressão, para depois alcançar o ápice da felicidade. Porque ninguém dá valor à luz se não conhece a escuridão. E agora eu estava brilhando, estava empapada de luz amarela ao meu redor, ainda que essa luz fosse invisível aos olhos. Eu sentia essa luz, sentia essa alegria e esperança que brotavam em mim a cada passo que dava. Não estava sozinha ali, como muitos pensavam. Any estava certa. Talvez a alma de meu pai estivesse me acompanhado, de alguma forma ou de outra, como ele sempre prometera estar na minha infância.
A música causava um efeito inimaginável em mim. Talvez fossem as lembranças... As lembranças de minha adolescência conturbada, onde havia escolhido essa música exatamente aos meus catorze anos, dizendo que ela tocaria no meu casamento. Na época eu falei brincando, pois acreditava que a felicidade não era para mim. Nunca acreditei que ia me casar, mas toda vez que a ouvia, pensava: “essa é a música do meu casamento”. E agora ela era mesmo.
Segurei-me para não chorar assim que senti meus olhos já molhados pelas lembranças. Subi os três únicos degraus do altar e Christopher tocou em minha mão, fazendo aquele arrepio gostoso ir de meu braço, descer por minha coluna, até chegar em meus pés. Apenas ele conseguia fazer isso. Dizia que era mágica e já havia perguntado inúmeras vezes qual era o truque. Ele simplesmente respondia que me amava demais. Essa era a verdadeira magia."

Trecho retirado da mini: Wedding Day.

Comemorando hoje três anos de comunidade e o início oficial do blog!

2 comentários:

Bárbara Gusmão disse...

Bom, acho que consegui consertar PAKSEPOKASKEPASKE. Eu amei de verdade essa mini, Cu! Parabéns pelos 3 anos e sorte com o blog *-*

Jessy disse...

Demorou quinhentos anos e finamento consegui comentar. Amei, Cu, ficou perfeito. Eu li o textinho aqui e depois vou ler a Mini completa. Parabens, Cu